História viajante: Beth Muniz e seu passeio pelo Teleférico do Complexo do Alemão – RJ/BR
Andrea Toptour
Pessoas queridas… .
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Mais uma viajante mandou uma de suas histórias de viagem ao blog.
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Hoje foi a vez da querida amiga e leitora BETH MUNIZ, que retratou uma experiência pessoal em um novo ponto turístico do Rio de Janeiro (passeio pelo Teleférico do Complexo do Alemão), publicou em seu blog e mandou para mim para que fosse compartilhado com vocês…
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Bora viajar com ela…
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Por Beth Muniz:
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Com Bonsucesso visitei a Baiana e em seguida lhe dei um Adeus. O Alemão me convidou a conhecer o Itararé e depois me levou ao Palmeiras.
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Entendeu?
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É coisa de primeiro mundo, bem longe do mar de Copacabana, bom, bonito e barato, mas nem por isso menos importante.
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Nenhuma pichação nas paredes, nenhum papel pelo chão, nada de ameaças à integridade física dos moradores e/ou turistas, e zero de atitude de desrespeito por parte dos funcionários do sistema. Os são banheiros são mais limpos que os de muitas estações do Metrô da Zona Sul.
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Durante as subidas esbarrei com turistas da Alemanha, Japão, Estados Unidos, Argentina, São Paulo e Curitiba.
Conversei com os nativos e colhi as suas impressões. Todos felizes e sentindo-se como verdadeiros cidadãos que trabalham, pagam os seus impostos e colhem os frutos do investimento que fizeram durante toda a vida de trabalho, mas que só agora conseguem perceber o retorno. Um deles me falou: “Claro que nem tudo são flores. Mas, na boa… hoje, há mais flores que espinhos”! E depois, a meu pedido, me orientou na localização visual das comunidade.
Seis estações (Bonsucesso, Baiana, Adeus, Alemão, Itararé e Palmeiras) distribuídas ao longo dos 3,5 quilômetros percorridos pelo teleférico do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.
A Política de Pacificação
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Inauguradas em julho de 2011, completa este mês um ano de feliz convivência com a cidade. As edificações foram projetadas pelo arquiteto Jorge Mario Jáuregui e tiveram como inspiração a iniciativa semelhante à adotada em Medellín, na Colômbia.
Parte integrante da Política de Pacificação das Comunidades, junto com a sua concepção e implantação trouxe no pacote, a iluminação pública, a pavimentação das ruas, a coleta seletiva do lixo, novas escolas, postos de saúde, cinemas, espaços para exposição e espaços coletivos para a prática de lazer e esportes.
Onde ontem havia o domínio do tráfico, hoje, do alto, dá para observar crianças brincando pelas ruas e vielas, meninos empinando pipas e a polícia militar executando o seu trabalho. Em cada estação existe ou está sendo implantada uma UPP.
– Como chegar
De qualquer estação do Metrô, siga na direção à da Estação Central do Brasil (Centro). Lá, pegue um trem do ramal da Central (Mangueira, Maracanã, Bonsucesso, Mágno, etc). Desça na Estação Bonsucesso (não precisa sair da estação) e suba até a parte em que fica o acesso aos teleféricos.
-Custo
Se for direto sem descer nas estações, o custo total é de R$ 2,00 (ida e volta). Se resolver descer, acrescente R$ 1,00 por cada parada (os moradores cadastrados no sistema pagam um valor diferenciado por conta do bilhete único).
Como gosto de sentir as coisas ao vivo e as cores, depois de participar da Rio+20, fui lá conferir, até para entender melhor o processo de pacificação, e me preparar para fazer a defesa da conquista de várias comunidades, que durante anos a fio, foram estigmatizadas pela mídia conservadora e a classe média carioca, apenas como marginais faveladas.
Então, gostou da dica?
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Quando vier à Cidade Maravilhosa, não deixe de conhecer.